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terça-feira, 26 de julho de 2011

Pense no agora e ele será seu ontem (leia +)

Uma das coisas que me incomoda muito é a visão que as pessoas tem do AGORA em mídias sociais. Os resultados tem que ser pra hoje, o que interessa é o momento, o TT, o buzz, o que se fala neste momento, afinal não dá pra saber o que vem depois e temos que surfar a onda. Temos que ter performance. Temos que ter um ROI explicitamente positivo. Temos que entregar um relatório amanha. Temos que ERRAR. (confira...)
Sim, errar. Não que mídia social não seja feita TAMBÉM de eventos pontuais e oportunidades. Até é, como a propaganda no geral. Mas, amigos, é um ERRO acreditar que a mídia social existe para apresentar resultados a curto prazo. Pense a longo prazo. Pense em anos. Esqueça o ROI, pense em IOR (Intent Of Return).


Ah, Eden, anos? Em anos o Twitter não estará aí. O Facebook não estará aí. Talvez a internet não esteja aí e estejamos todos interligados por uma “rede neural”. É, verdade. Mas sua marca estará aí? Sim? O consumidor estará aí? Sim? SIM! Não interessam os meios, não interessam os canais, não interessam as redes. A mídia social existe antes delas. A mídia social sempre existiu. E SEMPRE vai existir. E quanto mais interligados e conectados estejamos mais esse boca-a-boca digital será poderoso.
Eu tenho um filho. Um rapazinho, na verdade um jovem ogro, de 13 anos. Um guri que, como muitos da geração dele, está conectado O TEMPO TODO. Você não vai conseguir impactá-lo na TV, ele não assiste, vê seus programas preferidos no Youtube e quando a TV está ligada aproveita o comercial para entrar no Orkut -- que ele usa, é, o Orkut não morreu. Ele não ouve rádio, suas músicas estão também na rede. Ele não lê revistas, acha o conteúdo na web. Jornal impresso? É aquilo que se usa pra limpar o cocô do gato? Ah, Eden, ele não serve de referência, você está falando de uma criança apenas. Será? Ok, ele é um tanto que alienado, verdade… mas é impossível negar que isso está acontecendo. E não me venham falar em classe média alta. Quanto tempo falta para que toda criança tenha acesso a web como nossa classe média tem? Uma decada? Será que isso é muito tempo?
Ah, mas são crianças… Sim, são. São crianças que vão se tornar consumidores em breve. São crianças que logo vão pautar o consumo de muita coisa em casa (afinal quantos pais não questionam os filhos sobre qual seria o melhor computador, telefone ou TV a se comprar?). São crianças que estão começando a enriquecer cada vez mais jovens (que tal observar os donos do Google, Facebook, Peixe Urbano, Buscapé etc). São uma nova geração -- o que será que virá depois da Y?
Esse vídeo abaixo, compartilhado pela bela Passarelli, exprime bem meu sentimento.
O vídeo tem legendas do youtube, basta ativar.
É isso. Será que sua marca vai deixar de trabalhar todo esse universo só quando não houver alternativa? O que quero deixar claro é: pense em evangelizar seu target antes mesmo dele se tornar seu target, afinal, quando for seu target também será de seu concorrente. É uma universidade? Porque esperar para falar com estudantes APENAS quando eles vão fazer vestibular? Porque não falar com eles bem antes, evangelizá-los, fazer com que se identifiquem com algo mais que promessas de carreiras e mensalidades? É uma incorporadora? Que tal pensar em desenvolver no público o desejo real de ter seu apartamento antes mesmo deles pensarem nisso? Que tal pensar a longo prazo?! Uma boa estratégia de Social deveria, em tese, contemplar esse futuro!
O recado está ali no vídeo… melhorar a qualidade de seu jogo pensando na frente. É como montar um excelente time de base e descobrir craques em casa. Imagina um processo de urbanização do marketing, pense como sua “cidade” será no futuro e a desenhe para isso. É isso ou viver de arrumadinho, puxadinhos e ações tapa-buraco. É pensar o futuro ou apenas sobreviver a ele. É fazer propaganda… ou fazer história.

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